terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Sobre papelaria.
segunda-feira, 1 de setembro de 2014
Pensamentos perdidos, blog resgatado.
Hoje, com 26 anos, não sou o que idealizava com 17 anos, embora vista tailler de vez em quando. Não tenho muito dinheiro e não tenho um marido rico, mas isso eu sabia que não ia ter. Não tenho filhos e me orgulho de não ter sido desastrada de lá pra cá, neste sentido. Aliás, tenho um cachorro, além de Magali (que já é da minha mãe há onze anos) e ele se chama Aramis.
Eu sou noiva, sem alianças. Descobri que a maior aliança é a da cumplicidade plena, o que não quer dizer perda dos seus direitos individuais. Perdi meus cabelos compridos numa redefinição de identidade. Pootz, que momento.
Sinto falta de bebedeiras e, quando bebo, me pesa a consciência uma responsabilidade sobre alguma coisa que não sei o quê. É como se eu estivesse errada e isso me leva ao questionamento a respeito de muitas convicções sociais, papo para um dia em que eu esteja um pouco mais política.
Sinto falta da política, mas em ano de eleição adoro quando me aflora aquela esquerdista, idealista.
Hoje, estou disponível para matar a saudade dos amigos, mas as responsabilidades ainda não me permitiram tal feito.
Nunca senti falta de tatuagem. E sabe? Que bom que eu não me tatuei na época em que fiz este blog porque eu tinha muito menos senso estético. Embora eu já gostasse de muita coisa que eu ainda gosto.
Falando nisso, esses dias me...
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Caixa de Mensagem (vazia)
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
O que era um jornal, seria site e não foi, mas foi.
NOVA NOVIDADE NOVAMENTE RESURGINDO:
O ENCOSTO (O retorno)
No tempo de glória do 2º grau, quando você vai para escola de Short de educação física pelo avesso e ninguém faz o favor de te avisar, qualquer manifesto tido como forma de canalizar suas revoltas remanescentes de um dia não menos enfadonho que sua própria vida parece momentâneo. É uma rebeldiazinha aqui, outra má-criação ali, quando não se envereda para a política do vandalismo. Mas a psicologia adolescente não está em questão, o que acontece é que tive momentos de glórias e suas respectivas e conseqüentes revoluções. Uma delas, eis aqui, agora, em formato de site. E permanente.
O Encosto foi um jornalzinho estudantil, um projeto paralelo idealizado por estudantes de uma escola particular de Salvador no intuito muito comovente, de global asseveração e perseverante objetividade, de desmoralizar. Nada que fosse impróprio para uma escola de classe média burguesa, claro está. Só uma edição, das três que aconteceram, que foi inteiramente vetada pela diretoria, era sobre educação sexual. O que surpreende, depois das matérias realizadas a respeito da falta de papel higiênico no banheiro, do novo corte de cabelo inspirado no Galeão Cumbica do amiguinho do primeiro ano e da mocinha da sexta série que andava prestando serviços sexuais aos rapazes do terceiro ano, entre outros furos de reportagem que fuçávamos durante os tão explorados vinte minutos de intervalo.
É claro que aqui, no site, não caberão protestos de cunho tão bem-intencionados, visto que agora não dependo de aval de nenhuma diretoria, da gráfica, quando suplicávamos pela publicação breve, da autorização dos meus pais para sair de casa e fazer a edição do jornalzinho. A Internet pode ser um grande trunfo àqueles que querem veicular suas pequenas revoluções, difundindo seu delicioso sonho de incomodar. Decidi usa-la.
O Encosto não quer que você se preocupe com seu vizinho, com seus colegas de trabalho, com sua comunidade, com seu presidente, com o ideal que você segue, com seus ídolos mortos, com sua vida afetiva bagunçada ou muito bem estruturada, bloco a bloco. Quer que você se preocupe com o que vai além de tudo isso. O que transcende a linha do bem planejado e do senso comum. O Encosto é a parte sórdida e sarcástica de você. Quando nem tudo que parece ser, simplesmente parece ser o que não é, mas é. É o que há de novo dos velhos e bons tempos. É uma humilde inspiração, obtida através de intensas horas de leitura profunda do Pasquim, do Papa Figo, do Gibi do Maurício de Souza. É um novo movimento renascendo das cinzas. Atenção: Não é religião, seita, bando, facção, partido, sensação do funk: É O Encosto.
E com vocês: www.oencosto.com.br. Passe lá, dê seu passe. Não cobramos dízimos e ainda tem sessão de cartinhas de amor. Isto tudo porque hoje e sempre, que viva a famigerada liberdade de expressão!
Ps: Esse texto foi uma tentativa de ressuscitar um projeto para me manter escrevendo. Ai saudades. A foto, a boneca original do jornalzinho, rabiscado como se fosse rascunho de recados.
domingo, 9 de maio de 2010
Leves arabescos!
Uma massa grossa saía do charuto fumegante. Chapéu e violão, parecia seu único companheiro de longas datas e revoluções.
Sempre almejei demais na minha vida, talvez por isso vivo confusa com o que quero, onde, quando e... porquê?
Sua música parava de instante em instante provocando uma interrupção de seqüências lindíssimas de braços e ombros e também uma profunda irritação.
Piano. Doce, repetitivo, cadenciado, subia e descia entre os quadris e o peito. Concentração no instrumento e nas notas que pairavam entre seus dedos. Os pés salteavam o vento, embaixo dos cobertores.
Queria morrer disso, num instante pensei. Viver disso me parece distante, talvez eu tenha passado da idade. E se eu guardar bastante dinheiro e montar uma escola de artes? Preciso de um público fiel, preciso de profissionais qualificados, preciso me qualificar. Vou envelhecer logo.
Agora voam junto com os cabelos as flores e penduricalhos a parear com o vestido rodado de estampa latina. Luzes claras, mas não quentes. Branca, negro, vermelho.