tag:blogger.com,1999:blog-32803847362222039582024-02-18T23:50:02.222-08:00A Pia e o Bidê:: Para que Pôncio Pilatos lave mais que as mãos ::Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.comBlogger33125tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-43651013422278509982015-02-24T13:57:00.003-08:002015-02-24T13:57:54.589-08:00Sobre papelaria.<div style="text-align: justify;">
Uma folha em branco. </div>
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Não sei quanto tempo tem que não sinto este prazer, mesmo que esta folha seja um campo branco no meio de uma tela. Quando nova, eu costumava escrever no diário, que também fazia as vezes de agenda cotidiana e também de amigo oculto. Mas acumulando-os, percebi o risco que é tê-los, não pelo desvendamento de segredos obscuros (porque estes são mesmo obscuros), mas pelo registro do ser no passado. Foi. Fui. E agora, quem sou?</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9LkVcuztVkI874KMeq7cd602isBJ0aTkvmajFcDoXXny9ayySQS4O5ABK0i6famiAhVBaS34cSRUTvUU-HNtF4W7rtalBy-dJK08D4yqxee8VJzQtflu0_OzvRjq1hGe0hXGwlNJjjVBY/s1600/caneta-e-papel_2346145.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9LkVcuztVkI874KMeq7cd602isBJ0aTkvmajFcDoXXny9ayySQS4O5ABK0i6famiAhVBaS34cSRUTvUU-HNtF4W7rtalBy-dJK08D4yqxee8VJzQtflu0_OzvRjq1hGe0hXGwlNJjjVBY/s1600/caneta-e-papel_2346145.jpg" height="239" width="320" /></a></div>
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As dúvidas persistem em cada fase da vida, tomando diferentes formas, novos nomes e agora revertidas em rugas. É difícil encarar o passado, mas o futuro? Este é bem pior. As conquistas surgem e te escapam das mãos como quem teima em te dizer que você ainda é aquela menina que sonhava com coisas tão impossíveis. Outras vezes, acontecem, como se você nem tivesse pedido.</div>
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Persistir numa personalidade edificada não é mais tão difícil como antes, mas dizer não ainda dói. E olhe que não tenho filhos. Aliás, filhos seriam um grande problema, ao invés de uma satisfação do meu lado maternal. Um cachorro me ajuda com isso.</div>
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Ainda gosto muito de papelaria, talvez pela enorme quantidade de folhas em brancos. E da variedade, é claro, com que se apresentam. Cores, tamanhos, tipos, qualidades e o inconfundível cheiro de livro-caderno-agenda nova. E a primeira letra numa folha em branco: Um início que estraga, que desvirgina e que desencanta. Mas necessário. E imprescindível.</div>
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<br /></div>
Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-54582410028693332432014-09-01T21:14:00.000-07:002014-09-01T21:14:56.195-07:00Pensamentos perdidos, blog resgatado.E eu sei lá quando foi a última vez que escrevi neste blog. Sei que tem anos, tem pelo menos alguns invernos, que finalmente conheci depois que saí de casa. Alguns verões também, diferentes de tudo que já vi. Mais quentes, mais infernais, menos meus. De vez em quando passava por estas terras remotas e pensava no quão despretensioso é isto aqui. É um blog que eterniza minhas fases de forma que eu terei acesso ao que penso quando tiver oitenta anos. Tenho certeza absoluta que ainda vai ter Internet nessa época, porque hoje em dia ainda tem televisão.<br />
Hoje, com 26 anos, não sou o que idealizava com 17 anos, embora vista tailler de vez em quando. Não tenho muito dinheiro e não tenho um marido rico, mas isso eu sabia que não ia ter. Não tenho filhos e me orgulho de não ter sido desastrada de lá pra cá, neste sentido. Aliás, tenho um cachorro, além de Magali (que já é da minha mãe há onze anos) e ele se chama Aramis.<br />
Eu sou noiva, sem alianças. Descobri que a maior aliança é a da cumplicidade plena, o que não quer dizer perda dos seus direitos individuais. Perdi meus cabelos compridos numa redefinição de identidade. Pootz, que momento.<br />
Sinto falta de bebedeiras e, quando bebo, me pesa a consciência uma responsabilidade sobre alguma coisa que não sei o quê. É como se eu estivesse errada e isso me leva ao questionamento a respeito de muitas convicções sociais, papo para um dia em que eu esteja um pouco mais política.<br />
Sinto falta da política, mas em ano de eleição adoro quando me aflora aquela esquerdista, idealista.<br />
Hoje, estou disponível para matar a saudade dos amigos, mas as responsabilidades ainda não me permitiram tal feito.<br />
Nunca senti falta de tatuagem. E sabe? Que bom que eu não me tatuei na época em que fiz este blog porque eu tinha muito menos senso estético. Embora eu já gostasse de muita coisa que eu ainda gosto.<br />
Falando nisso, esses dias me...Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-10982584607364731712011-04-04T21:14:00.000-07:002011-04-04T21:17:05.230-07:00Caixa de Mensagem (vazia)<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAcl9WEwZqf54cym6hymosWCVPJpzL9SgNbKJncwC2ysdV5tl7nvqRJ4WxKXSjMT51MwxOX0ZKbOKwkYs0atkRjGmk9yckkii1b62KbW6DZx7I6qldhaMz2tjx8UH4mzlxTBtlJbwX8FBz/s1600/18.jpg"><img style="MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 213px; FLOAT: left; HEIGHT: 320px; CURSOR: hand" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5591948700337123122" border="0" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAcl9WEwZqf54cym6hymosWCVPJpzL9SgNbKJncwC2ysdV5tl7nvqRJ4WxKXSjMT51MwxOX0ZKbOKwkYs0atkRjGmk9yckkii1b62KbW6DZx7I6qldhaMz2tjx8UH4mzlxTBtlJbwX8FBz/s320/18.jpg" /></a> <br /><div>É uma da manhã, está quente e meu corpo responde a medicamentos simples com alguma antipatia. Não estou bem. Sinto uma terrível sensação de coisas perdidas. Sinto que perdi coisas que não se pode perder, como admiração por mim mesma. Atualizo sites de relacionamento procurando distração. Apago e leio antigos e-mails. Profundos, épocas conturbadas. Preservo aqueles que sei que vou querer ler um dia. Tenho mania de recordações. Recordar coisas boas e coisas ruins. Recordar, coisas ruins, infelizmente, me parece inevitável. Trago à tona essas coisas de vez em quando. Para mim mesma ou para quem estiver próximo. Recordo-me de coisas que ninguém imagina e guardo como se meu peito fosse um baú velho, bem fundo, onde as coisas perdidas um dia serão fatalmente encontradas. Como se fosse uma caixa de e-mails antigos. Gostaria de ter perdido coisas de que não quero recordar. Estou com o saco cheio de muitas coisas, muitas pessoas. Não vejo a hora de me retirar, sair de cena. As pessoas reclamam da minha ausência mas ela é necessária, querida, esperada. Por mim, principalmente. Queria dar um tempo de mim mesma, visualizar de fora o meu trabalho, os meus relacionamentos, o meu caminhar, o meu falar. E me deixar caminhar para um lado oposto de mim, para a puta que pariu! Quero estar distante na mesma intensidade de quando quero voltar, rever os amigos, a família e o namorado. Hoje circulei pelo Campo Grande, passei pelo café do teatro Castro Alves, aonde eu sentava e tomava sopa com meu amigo Franklin. Estou sentindo especial saudades dele agora. Ele costumava me definir em poucas palavras, seco, rápido e conciso. Mas acho que ele é incapaz disso agora, depois de uma faculdade de psicologia nas costas. Andei pelo Canela, onde eu estudava teatro, passei pela faculdade reformada, pelo gramado onde costumava sentar para decorar texto. Senti saudades do que fui e do que poderia ter sido, mas não reclamo do resultado. Não me arrependo dos meus erros. Revitalizei minhas energias numa aula de dança, me senti querida por mim, amei meu corpo pelo menos nesse instante. Óbvio que pensei em como estaria boa nisso se não tivesse parado tantas vezes mas foda-se! Nunca se é bom o bastante em nada nessa vida. Sinto falta de uma cabeça complacente e ao mesmo tempo escrota comigo como a minha, com quem eu possa dividir meus arquivos mais empoeirados. </div>Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-30002932406109695352011-01-19T17:27:00.000-08:002011-01-19T17:32:16.051-08:00O que era um jornal, seria site e não foi, mas foi.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0xWX7pPsdtFXlyhdFQmk6xtbsp3xztXjj9psQn5M7bnp4t5LZoP7rcXeVZC0kk1E2L3l982sJ5kUaJ_t7kOZZ79PbQ2tM_utQJIBzQri1JoUIApuSKZAoXkYHb_KAsMQjhxecMeNrmJ22/s1600/oencosto+original.jpg"><img style="float: right; margin: 0pt 0pt 10px 10px; cursor: pointer; width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0xWX7pPsdtFXlyhdFQmk6xtbsp3xztXjj9psQn5M7bnp4t5LZoP7rcXeVZC0kk1E2L3l982sJ5kUaJ_t7kOZZ79PbQ2tM_utQJIBzQri1JoUIApuSKZAoXkYHb_KAsMQjhxecMeNrmJ22/s320/oencosto+original.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5564074447896337106" border="0" /></a><br /><!--[if gte mso 9]><xml> <w:worddocument> <w:view>Normal</w:View> <w:zoom>0</w:Zoom> <w:hyphenationzone>21</w:HyphenationZone> <w:punctuationkerning/> <w:validateagainstschemas/> <w:saveifxmlinvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid> <w:ignoremixedcontent>false</w:IgnoreMixedContent> <w:alwaysshowplaceholdertext>false</w:AlwaysShowPlaceholderText> <w:compatibility> <w:breakwrappedtables/> <w:snaptogridincell/> <w:wraptextwithpunct/> <w:useasianbreakrules/> <w:dontgrowautofit/> </w:Compatibility> <w:browserlevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel> </w:WordDocument> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml> <w:latentstyles deflockedstate="false" latentstylecount="156"> </w:LatentStyles> </xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]> <style> /* Style Definitions */ table.MsoNormalTable {mso-style-name:"Tabela normal"; mso-tstyle-rowband-size:0; mso-tstyle-colband-size:0; mso-style-noshow:yes; mso-style-parent:""; mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt; mso-para-margin:0cm; mso-para-margin-bottom:.0001pt; mso-pagination:widow-orphan; font-size:10.0pt; font-family:"Times New Roman"; mso-ansi-language:#0400; mso-fareast-language:#0400; mso-bidi-language:#0400;} </style> <![endif]--> <p class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;" align="center"><b style=""><span style="font-size:14pt;">NOVA NOVIDADE NOVAMENTE <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">RESURGINDO</span>: </span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: center; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;" align="center"><b style=""><span style="font-size:14pt;">O ENCOSTO (O retorno)</span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:14pt;"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:14pt;">No tempo de glória do 2º grau, quando você vai para escola de <i style=""><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">Short</span></i> de educação física pelo avesso e ninguém faz o favor de te avisar, qualquer manifesto tido como forma de canalizar suas revoltas remanescentes de um dia não menos enfadonho que sua própria vida parece momentâneo. É uma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">rebeldiazinha</span> aqui, outra má-criação ali, quando não se envereda para a política do vandalismo. Mas a psicologia adolescente não está em questão, o que acontece é que tive momentos de glórias e suas respectivas e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">conseqüentes</span> revoluções. Uma delas, eis aqui, agora, em formato de site. E permanente.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:14pt;">O Encosto foi um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">jornalzinho</span> estudantil, um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">projeto</span> paralelo idealizado por estudantes de uma escola particular de Salvador no intuito muito comovente, de global asseveração e perseverante <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">objetividade</span>, de desmoralizar. Nada que fosse impróprio para uma escola de classe média burguesa, claro está. Só uma edição, das três que aconteceram, que foi inteiramente vetada pela <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">diretoria</span>, era sobre educação sexual. O que surpreende, depois das matérias realizadas a respeito da falta de papel <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">higiênico</span> no banheiro, do novo corte de cabelo inspirado no Galeão <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">Cumbica</span> do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">amiguinho</span> do primeiro ano e da mocinha da sexta série que andava prestando serviços sexuais aos rapazes do terceiro ano, entre outros furos de reportagem que <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">fuçávamos</span> durante os tão explorados vinte minutos de intervalo.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:14pt;">É claro que aqui, no site, não caberão protestos de cunho tão bem-intencionados, visto que agora não dependo de aval de nenhuma <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">diretoria</span>, da gráfica, quando suplicávamos pela publicação breve, da autorização dos meus pais para sair de casa e fazer a edição do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">jornalzinho</span>. A Internet pode ser um grande trunfo àqueles que querem veicular suas pequenas revoluções, difundindo seu delicioso sonho de incomodar. Decidi usa-la.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:14pt;">O Encosto não quer que você se preocupe com seu vizinho, com seus colegas de trabalho, com sua comunidade, com seu presidente, com o ideal que você segue, com seus ídolos mortos, com sua vida <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">afetiva</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">bagunçada</span> ou muito bem estruturada, bloco a bloco. Quer que você se preocupe com o que vai além de tudo isso. O que transcende a linha do bem <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">planejado</span> e do senso comum. O Encosto é a parte sórdida e sarcástica de você. Quando nem tudo que parece ser, simplesmente parece ser o que não é, mas é. É o que há de novo dos velhos e bons tempos. É uma humilde inspiração, obtida através de intensas horas de leitura profunda do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">Pasquim</span>, do Papa Figo, do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">Gibi</span> do Maurício de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">Souza</span>. É um novo movimento renascendo das cinzas. Atenção: Não é religião, seita, bando, facção, partido, sensação do <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">funk</span>: É O Encosto.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:14pt;">E com vocês: <a href="http://www.oencosto.com.br/">www.oencosto.com.br</a>. Passe lá, dê seu passe. Não cobramos dízimos e ainda tem sessão de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">cartinhas</span> de amor. Isto tudo porque hoje e sempre, que viva a famigerada liberdade de expressão!</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><br /><span style="font-size:14pt;"></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:14pt;"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">Ps</span>: Esse texto foi uma tentativa de <span class="blsp-spelling-corrected" id="SPELLING_ERROR_23">ressuscitar</span> um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">projeto</span> para me manter escrevendo. Ai saudades. A foto, a boneca original do jornalzinho, rabiscado como se fosse rascunho de recados.<br /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;font-family:arial;"><span style="font-size:14pt;"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:14pt;"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:14pt;"><span style=""> </span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-size:14pt;"><span style=""> </span></span></p>Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-72260573386816393702010-05-09T20:27:00.000-07:002010-05-09T20:38:56.561-07:00Leves arabescos!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3OEEmV_TvYvlOtjEf4Ou6xkO6DAfaTDw14_FSoWrT4VVDvQBw6RC7X0gM5YJxT-ry6h_cu020PO8rwIfVvqxvdbMZKfyM8b4OHzBsy7EaTUaCNLXCzhZ5sR7ANXDOiZIXLAg7ZkX5IvH0/s1600/tango2.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 314px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3OEEmV_TvYvlOtjEf4Ou6xkO6DAfaTDw14_FSoWrT4VVDvQBw6RC7X0gM5YJxT-ry6h_cu020PO8rwIfVvqxvdbMZKfyM8b4OHzBsy7EaTUaCNLXCzhZ5sR7ANXDOiZIXLAg7ZkX5IvH0/s320/tango2.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5469480281755519506" /></a><br /><p class="MsoNormal">Uma massa grossa saía do charuto fumegante. Chapéu e violão, parecia seu único companheiro de longas datas e revoluções. </p> <p class="MsoNormal">Sempre almejei demais na minha vida, talvez por isso vivo confusa com o que quero, onde, quando e... porquê? </p> <p class="MsoNormal">Sua música parava de instante em instante provocando uma interrupção de seqüências lindíssimas de braços e ombros e também uma profunda irritação.</p> <p class="MsoNormal">Piano. Doce, repetitivo, cadenciado, subia e descia entre os quadris e o peito. Concentração no instrumento e nas notas que pairavam entre seus dedos. Os pés salteavam o vento, embaixo dos cobertores.</p> <p class="MsoNormal">Queria morrer disso, num instante pensei. Viver disso me parece distante, talvez eu tenha passado da idade. E se eu guardar bastante dinheiro e montar uma escola de artes? Preciso de um público fiel, preciso de profissionais qualificados, preciso me qualificar. Vou envelhecer logo.</p> <p class="MsoNormal">Agora voam junto com os cabelos as flores e penduricalhos a parear com o vestido rodado de estampa latina. Luzes claras, mas não quentes. Branca, negro, vermelho.</p>Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-7507470046685550432010-03-14T10:25:00.000-07:002010-03-14T10:59:13.153-07:00Caça Canções dos Amigos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkmSGm2aoRE3ajZMY45X8_ZkDmalhd8imeV1bI1FoMi91By-y6kAVOXu4YheRtLQAQWWaE9FzFrdN8I_puCeS79hurE4Q-T-H9v7IPKCV0nVJZHp9IkrF2H-0dFDq_OzCF1hZZVzfS8iO6/s1600-h/amigos.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkmSGm2aoRE3ajZMY45X8_ZkDmalhd8imeV1bI1FoMi91By-y6kAVOXu4YheRtLQAQWWaE9FzFrdN8I_puCeS79hurE4Q-T-H9v7IPKCV0nVJZHp9IkrF2H-0dFDq_OzCF1hZZVzfS8iO6/s320/amigos.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5448550467712217378" /></a><br /><p class="MsoNormal">Sim, O Destino Mudou nossas vidas e cada um de nós seguiu suas Vertentes. Somos e seremos tudo o que queríamos ser, depois das noites que passamos sem dormir pensando no futuro. Uma Insônia de Tolo. Mas essa noite, Essa Noite Não. Essa noite é o futuro que chegou e agora preciso de Várias Canções para descrever essa Transmissão Aleatória de energias e sentimentos que há entre todos nós.</p> <p class="MsoNormal">Somos tantos e nem sempre conseguimos estar juntos, mas damos um jeito de sermos presentes, como um Amigo Oculto, através de algum meio que faça A Ponte para que cada encontro seja como Dois Gardenais Numa Noite sem Descanso.</p> <p class="MsoNormal">O que passamos nessa trajetória foi Oscilando Entre Altos e Baixos*, perdas e ganhos, Vitória de Pirro, mas sempre tinha um de nós para dar O Beijo de solução, de consolação, de amizade tenra. Dizíamos inconscientemente “Me assuma e me leve contigo”* e corríamos a cidade entre bares e supermercados, entre ruas e luzes. Estas são as Luzes que Nunca Vão Embora de Nossas Vidas*.</p> <p class="MsoNormal">Sempre que posso, corro para vocês, volto para meus amigos para não atingir a Esquizofrenia da solidão que é a Morbidez do Céu. Muito embora, na maioria das vezes, o céu esteja cheio de nuvens de brigadeiro. Só sei que O Que Restou foi a certeza de que estamos juntos nessa vida. Muitas vezes em outros campos, solitários como o Camponês, mas sempre dispostos a voltar àquilo que é Exatamente Como o Paraíso* para nós . Sim, Vamos Fazer Um Filme catando Trocos por Contos que um dia relataremos chorosos e saudosos, aos nossos netos.</p> <p class="MsoNormal">Adoro vocês.</p> <p class="MsoNormal">*Desculpem qualquer tradução errada, ok?</p>Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-50069152305110116132009-12-11T22:51:00.000-08:002009-12-11T23:06:56.446-08:00Cor da rosa<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvwx895geU4ENb0fmpeZ-eSA8_v_6ldvf5SHLFflraQLSanQ0Vu8GXTbV75w6cGdOqaVudakmfKlx6XhFFAxhdpYlUmpEu1gkkdug5pIJ4gpO4CPFx3V65U_t-5KmWHA3ys3j9kJ4pt2Ka/s1600-h/rosabranca.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 311px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvwx895geU4ENb0fmpeZ-eSA8_v_6ldvf5SHLFflraQLSanQ0Vu8GXTbV75w6cGdOqaVudakmfKlx6XhFFAxhdpYlUmpEu1gkkdug5pIJ4gpO4CPFx3V65U_t-5KmWHA3ys3j9kJ4pt2Ka/s400/rosabranca.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5414242512103814738" border="0" /></a><br />Quando você tá em dúvida, muitas coisas parecem conspirar pra esclarecer. Talvez, sejam frutos da sua imaginação, talvez você não queira acreditar. O que importa é que tudo, embora isso pareça de um cliché extremo, tudo é aprendizado.<br />Casamento da amiga da minha mãe de faculdade, me viu criança. "Olha, como está grande, como está linda", agora com menos afetação, de igual para igual com um vestido de noiva e uma aliança de diferença. Estava linda, como uma noiva convencional. Véu, grinalda, vestido branco de pedraria e calda. Bolo, pastéis doces e pró-seco. Familiarada chorosa e feliz: "Faça ela muito feliz", diziam. Eu repeti.<br />Não conhecia o noivo, mas nos recebeu com grande sorriso: "Pode deixar". Exercitando minha paciência, colhi o bolo, capturei uns pastéis e me propus à terrível e temível busca pelo bouquet. Tive que admitir a minha terrível fraqueza pelo romantismo das solteiras e encalhadas: a lenda do bouquet. Foi jogado e caiu na minha mão, quicou e caiu no chão. O mundo parou de circular por dois segundos e as mulheres ficaram atônitas ao verem suas esperanças no chão. Eu ri e fui lenta, outra pegou o bouquet.<br />Eu tremi de raiva, ERA MEU AQUELE BOUQUET, vadia. Me senti mulher: abandonada em busca da felicidade. Me senti Aurélia Camargo e sua sede de vingança através do casamento, precisava ter pego aquele bouquet. Achei que aquele instante representou muita coisa da mina vida: oportunidades perdidas, fraqueza na disputa, medo de arriscar, de me jogar no chão e pegar o que é meu, de falar, de brigar.<br />Depois caí em mim. Eu não posso querer aquele bouquet. Eu não posso enfraquecer, não dá pra sair desta realidade. 21 anos, um emprego cheio de grandes expectativas e muita, muita coisa pra fazer. Um namorado que vai me deixar por um ano e sorri. Neste momento, pensei ser a mulher mais infeliz o mundo e não quis mais ter coração. Sorri também, peguei a taça, enchi de pró-seco.<br />A mãe da noiva desfazia a festa e a noiva conversava animada com minha mãe, que também estava triste por eu não ter pego o bouquet: "Eu ia te passar as dicas, mas você saiu correndo". A mãe da noiva disse: "Vocês querem levar este arranjo de flores?" - "QUERO!" Respondi. Um arranjo enorme, com flores brancas e rosas, tão mais brandas e fáceis que as vermelhas do bouquet.<br /><br />E aqui estão elas, na minha frente. São minhas. De volta à realidade, só assim para ganhar flores. Não dá pra ser muito romântica nos tempos atuais.Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-55216377804436240582009-12-02T15:53:00.000-08:002009-12-02T16:16:53.184-08:00Fim... do ano!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZqxDY49m0Dmm6s1QJxqwxNYHPOtzr3XBNM71j0lPYrnFG1wV_-v86l5yM_yt_5lcC6eNG145QAwg86GUl5qv6NJZ85iXPVps9nOv3uF-MEz7nUDpnaAHanbXlBBVHnGhYZFKfVMbFTRmR/s1600-h/caixa+de+presente.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 185px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZqxDY49m0Dmm6s1QJxqwxNYHPOtzr3XBNM71j0lPYrnFG1wV_-v86l5yM_yt_5lcC6eNG145QAwg86GUl5qv6NJZ85iXPVps9nOv3uF-MEz7nUDpnaAHanbXlBBVHnGhYZFKfVMbFTRmR/s400/caixa+de+presente.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5410797085176284594" /></a><br />Hoje eu fui para a Ioga depois de alguns meses e alguns quilos a mais. Bom, a respeito dos quilos, ando me sentindo meio impotente. O fato é que minha vida tá no emaranhado danado e como desenrolar isso tudo sozinha? Estou aprendendo a me virar, mas é foda.<div><br /></div><div>Quando cheguei de Salvador, no meu apartamento aqui em Indaiatuba, acendi a luz da cozinha e BOOM! A luz da cozinha queimou de novo. E a da lavanderia, por conseqüência. Sei lá, falta de uso. Fiz uma nota mental: Ligar para a imobiliária. Fui dormir duas da manhã para acordar quatro... por quê? Caio vai para os Estados Unidos dia 22 e volta só em Março, para depois ir de novo e eu só ir vê-lo em Agosto, tpm misturada com tristeza. E estou fazendo um curso em Azulville e passei o dia inteiro lá. Dormindo na frente do palestrante. Tenho um milhão de contas a pagar e um milhão de quilos a perder. A faculdade, bem, vou conseguir por que consegui nota pra fazer a prova final... tenho q pegar minha apostila pra estudar. Tenho q mandar fazer uma faxina na minha casa urgente e advinha? O FOGÃO NÃO ACENDE E A GELADEIRA NÃO LIGA! Ou seja, ou o sistema elétrico da cozinha tá bichado ou queimou a geladeira e o fogão. Ufa.</div><div>Tenho que terminar de escrever um projeto e ainda tem uma porrada de vôo pela frente. Esqueci de mencionar as contas? Acho que não, isso não sai da minha cabeça. Nem o Rack da minha sala, nem a decoração de Natal que eu não posso deixar de fazer pra ganhar a bicicleta que eu vou pedir pro Papai Noel.</div><div><br /></div><div><br /></div><div>Enfim... Vamos em frente que para atrás não fica mais ninguém.</div>Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-30858401306432097462009-11-26T20:11:00.000-08:002009-11-26T20:22:02.347-08:00Estímulo cerebral zero?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFb144iO54CAveJMEGVVg3WiIoe5F_wT6HofEfgYp0cPzvasnCGCHsqSjmxFMfZruvYW5S5wf004easKgnJK9JJ7TlXeyRkHv2eCJ9K4uxEOssVgkljlTxoAovYl3TwbP4RvGYvGdbOzdy/s1600/inercia_ferias.gif"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 241px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFb144iO54CAveJMEGVVg3WiIoe5F_wT6HofEfgYp0cPzvasnCGCHsqSjmxFMfZruvYW5S5wf004easKgnJK9JJ7TlXeyRkHv2eCJ9K4uxEOssVgkljlTxoAovYl3TwbP4RvGYvGdbOzdy/s400/inercia_ferias.gif" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5408633877955052706" /></a><br />Muito estranho sentir vontade de chorar sem um motivo real e ao mesmo tempo por todos os motivos.<div>O primeiro é querer ser mais e não conseguir. Meu Deus, ando me sentindo extremamente limitada. A minha cabeça não pára de planejar e fazer lista de prioridades a todo instante. Não pára de eleger coisas que eu não posso deixar pra depois que eu simplesmente deixo pra não sei nem quando. O meu corpo só quer dormir, descansar. Ele não executa. Estou experimentando tomar um remedinho natural para ficar mais concentrada, mas parece que este remédio ativa a minha mente e desativa o meu corpo, de modo que fica tudo registrado e acumulado, mas meu corpo nunca executa o que eu planejei no dia anterior. E seria tão bom se eu fosse disciplinada.</div><div>O meu chefe me disse que era porque eu consumia toda a minha energia no vôo... será?</div><div>E depois, a insatisfação com meu próprio corpo. Não só pelo que ele anda fazendo comigo, de me deixar na mão e só querer ficar deitado, mas de estar como estou. Talvez até de ser do jeito que é. </div><div><br /></div><div>Enfim, preciso concluir minhas tarefas, mas escrever para o blog um mini-texto pessoal que seja já é uma tarefa cumprida. Sim, já tentei listá-las em um papel e seguir... o papel acaba amassado no canto da sala.</div><div><br /></div><div>Enfim... planejei escrever um monte de coisa, mas agora vou dormir. Boa noite.</div><div><br /></div>Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-63312255059442678302009-10-26T22:12:00.000-07:002009-10-26T22:18:14.685-07:00Seja o que Deus quiser<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvagtIckYV18JIxlBCmrzaksMwofJU-56qSK8NEIKfK8FyWX0tQFKyTV5JD5sUZwWpCp3Uut8B7gxMezbSsKcgJl7dEng6VO5QbhaRFSbd-McBQbNMGT61LSE90CyX6kNxPFUOYxEE04T4/s1600-h/seja-o-que-deus-quiser-poster03.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 281px; height: 400px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgvagtIckYV18JIxlBCmrzaksMwofJU-56qSK8NEIKfK8FyWX0tQFKyTV5JD5sUZwWpCp3Uut8B7gxMezbSsKcgJl7dEng6VO5QbhaRFSbd-McBQbNMGT61LSE90CyX6kNxPFUOYxEE04T4/s400/seja-o-que-deus-quiser-poster03.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5397144682986589138" /></a><br />Acabei de assistir o filme "seja o que Deus quiser", do diretor Murilo Salles. Bom, conta basicamente a história de uma corja e um inocente.<br />Achei fantástico. A capa nunca me inspirou, parece besta... é triste saber que tanta gente no mundo se aproveita do próximo para tirar vantagem ou se safar de qualquer coisa. Não dá para acreditar na inocência de ninguém... desconfie da sua própria e desconfie do próximo. <div><br /></div><div>Desconfie de mim, eu já desconfio de você.</div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-2942073125314279842009-10-04T19:21:00.000-07:002009-10-04T19:51:55.878-07:00Pessoas que se calam.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK6oOayKbqLfp-E8pC7ITioINeom7MQDailc_rOXcZv1iEZxaZdrmC-YfrLfkHwhIBtzb-OOPj4-e64BmDyH-Q6rkbPkIS_3RwXCaOPYt92qegzyVm-322HUYh4Ihdn1fQiL1rrIdKyWAy/s1600-h/sil%C3%AAncio.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhK6oOayKbqLfp-E8pC7ITioINeom7MQDailc_rOXcZv1iEZxaZdrmC-YfrLfkHwhIBtzb-OOPj4-e64BmDyH-Q6rkbPkIS_3RwXCaOPYt92qegzyVm-322HUYh4Ihdn1fQiL1rrIdKyWAy/s320/sil%C3%AAncio.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5388943101056379778" border="0" /></a><br /><br />Eu não me calo diante de uma insatisfação. Isto não faz parte da minha personalidade, em definitivo. Quando estou instaisfeita, eu digo. Posso até não falar exatamente o que estou sentindo, mas mostro através de atitudes, pequenos resmungos, grandes reclamações.<br /><br />Hoje fui à uma sorveteria. E vou dar nome aos bois, porque se eu tivesse elogiando eu também diria o nome do estabelecimento. É aquela sorveteria da Parmalat, lá no shopping Salvador. Já fui lá uma vez e comi alguma bobagenzinha muito pequena e muito cara. Decidi não voltar, mas meu namorado disse que tinha umas coisas gostosas e resolvi tirar a prova real. Pedi um Cheese Cake com sorvete de morango. Na foto, um bolinho cor de creme coberto por geléia de morango, uma bola de sorvete vermelho em cima de uns riscos de calda de chocolate. Parecia bom, pedi. Paguei R$12,00, o pior investimento da minha vida.<br />Um sorvete é uma elevação da gastronomia a uma sensação de prazer semelhante ao nirvana. Um sorvete tem que satisfazer, ser saboreado, ainda mais um "sorvete enfeitado". Aquele cheese cake não me pareceu muito apetitoso, mas sua junção com o sorvete deveria ser dos deuses!! Mas não foi.<br /><br />Veio num prato de sobremesa grande demais (ou em porção demasiadamente pequena) uma bola escorregadia de sorvete de morango (quase uma bola de bilhar) com aquele bolo amarelado quente que só se destacava pela deliciosa (esta sim) geléia de morango. Mas ops, faltaram os riscos de calda de chocolate. A primeira colherada me pareceu decepcionante. Lógico, o prato era decepcionante e não valia R$12,00. Me senti LESADA! Pedi um papel onde eu pudesse escrever uma sugestão, a gerente disse que não tinha e que ela mesma poderia me escutar.<br />Ora bolas (mesmo que poucas), eu não queria ser escutada por ser escutada. Que merda, se ela propõe um prato de cheese cake com sorvete, quero um prato de cheese cake com sorvete pelo menos igual ao da foto. Ela ouviu pacientemente o que eu expliquei pacientemente, mas saí de lá insatisfeita do mesmo jeito. Ela não ofereceu um biscoitinho para me calar, não me disse que ia ter mais capricho ou treinar melhor suas funcionárias.<br /><br />E depois, eu tenho a situação complicada que estou vivendo. Não vou entrar em detalhes, mas o silêncio me incomoda, se faz presente na minha vida com diversas faces. O mais nojento é aquele silêncio malicioso, pirracento. Aquele de quem só pensa maldades e o que eu mais quero me afastar. Estou convivendo com alguém perigoso em SP, quero me livrar mas coisas burocráticas e cansativas me atormentam. Tudo vai passar.<br /><br />Outro silêncio é aquele de quem se cala para não incomodar. É o silêncio do amor, o silêncio de quem não quer ser um problema. Conheço pessoas transparentes, mas às vezes elas só se mostram num olhar. A distância provoca um silêncio inevitável que eu estou tentando com todas as minhas forças (e palavras de todo tipo) evitar.<br /><br />E agora, com Internet 3G e laptop com windows xp, vamos ver se consigo me comunicar mais com o mundo. Meu pai sempre me disse pra ter cuidado com as pessoas que são caladas demais.Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-74237051095528382942009-08-16T14:40:00.000-07:002009-08-16T14:52:03.346-07:00Cabeça quente!Aprender é engraçado, você sempre tira alguma coisa do lugar para acomodar um novo ensinamento. Lógico que esse processo de reacomodação ou é cansativo ou exaustivo ou stressante. Estou aprendendo a resolver as coisas sozinha e parece que o que sai do lugar é a minha cabeça. A sensação que eu tenho é que ela mergulha num caldeirão de água quente e começa a ferver junto com um bando de problemas sem solução.<br />Ou de solução muito fácil, tão fácil que pra um cotidiano fora do padrão vira um bicho de sete cabeças. Aprendi que consertar um forno e um portão são coisas impossíveis quando você é aeromoça e mora praticamente sozinha, pois não tem ninguém em casa para receber os "consertadores". Aprendi que ganhar bem é sinônimo de gastar bem. E você sempre vai entender que o que você ganha não dá pra metade do mês! Isso é o que movimenta e impulsiona o seu sentimento de ambição! hummm...Aprendi que é chato viver sem televisão e que uma mesa é essencial. Mas um armário de cozinha também é indispensável e você não sabe qual é que você tem mais urgência de comprar.<br />Aprendi que cartão de crédito não se empresta e que nem todo mundo anda na linha como você... e que você tem que correr atrás dessas pessoas insistentemente, de forma incoveniente. Mas isso não faz diferença, as pessoas continuam te enrolando, por mais desesperada que você se mostre.<br />Aprendi que dar presente é muito bom. Aprendi que comprar uma coisa nova e usar é melhor ainda. Se presentear! Aprendi que o seu lar é sua verdadeira casa onde quer que você vá, mas quando você tem uma casa de fato sua você pode rugir à vontade!<br /><br />E a vida não é só trabalho, mas é ele que impulsiona tudo. Faculdade, amigos, família, namorado... se eu não tivesse trabalhando não teria tantos problemas para administrar e tantas coisas com o que me preocupar. Ainda bem que eu tenho trabalho.Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-41431614361800598352009-06-07T18:35:00.000-07:002009-06-07T18:48:06.923-07:00Atarefada, mas alada!<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDw0qHLLVID3zTL69KAyGKfLXJvnmq_lSif8jtPL6blLWS1AFrToIBVYYMITdIekT4g5tIKIGyd4T1F04EEC1qy9tUKRfmHD8wuMuu7alxI0sP0g4L9hYeJ8lpS9BwM8Fnio2B04w8_iW6/s1600-h/atarefada.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 248px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiDw0qHLLVID3zTL69KAyGKfLXJvnmq_lSif8jtPL6blLWS1AFrToIBVYYMITdIekT4g5tIKIGyd4T1F04EEC1qy9tUKRfmHD8wuMuu7alxI0sP0g4L9hYeJ8lpS9BwM8Fnio2B04w8_iW6/s320/atarefada.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5344767174443251698" border="0" /></a><br />Esses dias eu queria muito postar no blog. Tinha um assunto na ponta da língua, ia discorrer sobre ele como uma verdadeira escritora, eu tinha tudo na mente, todo o desenvolvimento e os argumentos do texto. O que aconteceu? Esqueci o tema! Claro, não tinha um notebook em mãos, isso resolveria tudo! Resolveria LITERALMENTE tudo. Inacreditavelmente, vou pra final de quase todas as matérias. Se não fosse pela ajuda de algumas pessoas, ia em todas. Matérias fáceis, gostosas de estudar. Algumas, infelizmente, vou ter que repetir no próximo semestre. Mas é que faltaram alguns trabalhos por conta dos vôos (que estão indo às mil maravilhas) e eu não tinha um notebook (ou NETBOOK, que é mais charmoso).<br />Engraçado como as minhas necessidades mudaram. E mudam constantemente, enquanto vamos passando pelas etapas da nossa vida. Como num jogo, agora eu preciso dessa arma pra vencer! rs... além de um carro e um apartamento próximo do aeroporto de Viracopos! O carro dá pra esperar. O apartamento, não mais. Estou em pousada e minhas coisas, minha vida está sempre na minha mala. E minha mala eternamente pesada. Rs... mas a minha vida não é pesada, mas não é mole não! rs. Rapadura é doce. Voar é doce e agora eu tenho meias KENDALL que vão atenuar o peso nas minhas pernas.<br />E a necessidade de uma cinta compressora me assolou! rs... nunca pensei que um quase-corset fosse ser uma necessidade. Adorei. E a necessidade de ver meu amor é constante.<br />x)<br /><br />Falando de necessidades, tenho que ir arrumar minha mala. =*Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-16109782493187411732009-04-06T20:00:00.001-07:002009-04-06T20:28:20.244-07:00Asas pra quê te quero.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.alemdaspalavras.blogger.com.br/voar.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer; width: 377px; height: 283px;" src="http://www.alemdaspalavras.blogger.com.br/voar.jpg" alt="" border="0" /></a><br />Depois de bastante tempo, exatamente às 00:00 e escrevendo rápido para não adicionar um número a essa quadra de zeros, volto para escrever no meu blog.<br />O ultimo post eu escrevi no computador do <span style="font-style: italic;">check-in</span>, no aeroporto, quando ainda era permitido o acesso à Internet... E bem, quando eu ainda trabalhava no aeroporto.<br /><br />Faz um mês que eu recebi uma promoção! Fiquei, obviamente, e ainda estou muito feliz. Fui inidicada pelo gerente da minha base para fazer o processo seletivo do cargo de Comissária de Vôo (Hoje já não é Salvador a minha base! Agora o que chamo de base é o aeroporto de Viracopos - Campinas, para onde ele -o gerente- foi transferido depois de fazer um excelente trabalho em Salvador).<br />Vim contar minhas impressões da vida adulta. Voar é muito forte. Muito transformador, muito significativo. Voar é uma conquista, não é só um emprego.<br />Ir para longe. Era o verdadeiro motivo pelo qual eu decidi começar o curso de Comissária e voar. Eu queria ir para longe de casa (porque estava de castigo e não podia sair), ir para longe de ex-namorados (com os quais eu repugnava, mesmo que secretamente, qualquer contato), ir pra longe da Bahia e do teatro baiano, onde fracassei por força das circunstâncias (castigo) e abandonei o sonho de ser uma grande atriz. Queria ir pra longe desse sonho também. Eu queria ser feliz sozinha.<br />Voltando aos tempos de hoje, bem... muita coisa mudou, obviamente. Mas voar ainda é ir para longe e ao mesmo tempo que isso se mostra maravilhosamente pra mim, se mostra assustadoramente. Hoje eu tenho um namorado que eu amo. Hoje, tenho uma relação formidável com meus pais (exatamente por causa do vôo e do trabalho, que dignifica sim o homem). Hoje eu tenho a dança que me aproxima muito do amor que sinto pela arte de representar e de me movimentar. Mas ainda é latente a vontade de ser feliz. Não mais sozinha.<br />O medo de ficar sozinha só não me paralisa. E continuo seguindo, para ver no que vai dar.<br />Morei o primeiro mês com mais dois colegas (uma moça e um rapaz <span style="font-style: italic;">gay</span>) num micro flat em São Paulo e foi um desastre. Não tivemos problemas, mas a presença deles pra mim era um problema. Provavelmente a recíproca era verdadeira, pois eu nem sempre estava tão sorridente e raramente estava inteirada dos assuntos que eles conversavam. Falavam muito dos "homens" em tom devorador. E irritantemente falavam dos Comandantes. Não, não sou púdica, moralista, tampouco lésbica. Só não estou nessa sintonia. Atestei que morar com alguém definitivamente não é minha intenção. E meus olhos brilham em saber que vou ter um apartamento só para mim!<br />Minha escala esse mês veio levíssima. Vou passar poucos dias vaiajando. Terei algumas semanas em casa. Mas o meu namorado agora trabalha e estuda. Nossos horários às vezes não batem. É chato se despedir.<br />Chegar em casa é muito bom. Eu sinto o cheiro do meu quarto. Estou sendo muito bem tratada em casa, tenho pouco tempo pra encher o saco. Minhas roupas são lavadas e passadas várias vezes com muito esmero com as ordens de minha mãe sempre atenta. Saímos pra fazer compras. E hoje, eu pago o lanche!<br />A vida adulta tem dessas delícias e dores. Estou cheia de expectativas. Receios? Sim, não vou negá-los. Medos não. Até porque essa palavra (medo) dá medo de ser um obstáculo. E agora nada deve me impedir de voar. E no que depende de mim, chegou a hora.<br />Seja lá do que for.Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-31249445300913973022009-02-04T03:51:00.000-08:002009-02-04T04:11:39.497-08:00Profile briguento.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfKE9teJ4Jnz2h7zYE922a0YARcWWw32n5vPd7VnRzYSDptq0VPGE1WiookgjcNrgsRv5zA-Y4r1Ald1rY26aFzI_aeMAOr3SdiA1Xe_DdggqTOTdA8eu1NwdimfXl6k9qKRc68i8fft8P/s1600-h/comend_zzz_briga%2520com%2520vizinho.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5298913718701767266" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 212px; CURSOR: hand; HEIGHT: 320px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhfKE9teJ4Jnz2h7zYE922a0YARcWWw32n5vPd7VnRzYSDptq0VPGE1WiookgjcNrgsRv5zA-Y4r1Ald1rY26aFzI_aeMAOr3SdiA1Xe_DdggqTOTdA8eu1NwdimfXl6k9qKRc68i8fft8P/s320/comend_zzz_briga%2520com%2520vizinho.jpg" border="0" /></a><br /><div>8:49 da manhã. A maior frquentadora do meu blog sou eu. Nunca li e escrevi tanto para este blog. O que o ócio e a proibição de acessar o orkut não fazem, não é mesmo? Se eu fosse acessar o orkut provavelmente estaria vendo profiles de pessoas de quem não gosto. Vocês não fazem isso? Aqui na empresa é proibido orkut. Que bom.</div><br /><div>Aliás, é bom saber da vida de quem você não quer nem saber da cara! É como se a sua indiferença só fosse válida se fosse sentida. Se ela fizer diferença na vida do outro. Se incomodar. Do contrário, tanto faz. É indiferente. </div><br /><div>O fato é que eu gosto que as pessoas que eu não gosto saibam que eu não gosto delas. Gosto de deixar claro. Talvez deixando meu profile gravado nas últimas visitas daquela pessoa, ela se sinta ameaçada. Basta um retorno para que eu tenha motivos para um scrap malcriado! "O que é?!" ou "Compre um gato ou cuide de sua vida, mocréia (o)". Mas não gosto de frases feitas. Vou mesmo é no ponto: "algum problema?" rsrsrs... Mentira. Nunca faço isso, apesar de sempre ensaiar. Evito maiores confusões. Bate boca por Internet é o que há. Dá tempo de pensar no que vai dizer. Dá tempo de formular as frases e destruir a pessoa. Pessoalmente é diferente, é muito diferente. Só dá tempo de sacar a arma...</div><br /><div>Mentira também.</div><br /><div></div>Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-35098023832527045982009-02-03T03:19:00.001-08:002009-02-03T03:26:55.300-08:00Trabalho ê<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPFyUxfDLAtTW7ipJvpFdYaKx91k1yhinLmiwrtm7-LhUQNloWpzSmkW27FfI6z3j7GflZuvHiCfuZwe6iwULR17ZEKianPLv4YOAQ8f8xwvbK9gYRMLemRuWutCFJGC5hKkf4sSrprx2p/s1600-h/GetAttachment.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5298530669228990674" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiPFyUxfDLAtTW7ipJvpFdYaKx91k1yhinLmiwrtm7-LhUQNloWpzSmkW27FfI6z3j7GflZuvHiCfuZwe6iwULR17ZEKianPLv4YOAQ8f8xwvbK9gYRMLemRuWutCFJGC5hKkf4sSrprx2p/s320/GetAttachment.jpg" border="0" /></a><br /><div>Estou no aeroporto agora... Aqui sentada no Check in, nenhum vôo sai agora. As pessoas só se aproximam para perguntar "onde é a webjet?" "onde fica o portão de embarque?" "Moça, olha pra mim essa passagem, quê que eu faço agora?".</div><br /><div>Aí você percebe que nem todo mundo já teve o privilégio de viajar de avião. Vc percebe o nítido nervosismo da pessoa. É como se ela estivesse a beira de um acontecimento que exige mil e uma preliminares. Chegar ao aeroporto, procurar a companhia, fazer check in, despachar a bagagem (ela vai mesmo pro meu destino?), pegar passagem ou seja lá o que for, ir pra algum lugar escondido, entrar no avião e adeus banda mel.</div><br /><div>Quanto a mim? um sono fdp. </div><br /><p>Mas já são 8:23h, daqui a pouco começa o movimento do vôo das 11:15hr.</p><p> </p>Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-80839598690217048242009-01-22T17:14:00.000-08:002009-01-22T17:24:33.937-08:00Roda Viva.São 22:00hr, eu trabalho às 2:30 da manhã do próximo dia. Quando saio do aeroporto, pego um ônibus às 10 para 11:00hr e chego em casa às 11:30hr. Passo o dia fazendo trivialidades ou simplesmente durmo. E quando durmo, o dia passa despercebido para se transformar mais uma vez em 2:30 da manhã. À noite, vou para dança e para academia, às vezes os dois, às vezes nenhum dos dois, mesmo precisando ir nitidamente tanto por motivos estéticos quanto de estudo, no caso da dança, e saúde. Quando pego o ônibus com ar condicionado (porque às 11:00 em pleno verão Salvador está um inferno) meus colegas me previnem dos constantes assaltos a esses ônibus nesta época do ano por estarem repletos de turita. De fato, sempre estão. Quando acordo às 2:30, meus pais despertam junto comigo. Minha mãe levanta, meu pai bebe água. Minha mãe me apressa, a Van lá em baixo buzina e a casa inteira se movimenta na madrugada com medo do perigo que é a rua a esta hora... e os riscos que corro descendo tão cedo pra ir trabalhar. Ontem, meus pais acordaram como de praxe, mas eu não estava em casa pois era minha folga. Eles surpreenderam um ladrão na janela do nosso apartamento com a bolsa da minha mãe nas mãos.<br />Por fim, de noite vou de ônibus até a academia ou até a Ufba. Mas quando vou para academia, não tenho como voltar de ônibus. Por isso volto a pé. É quase uma nova malhação, pois quando chego em determinado trecho prefiro correr fingindo que estou continuando um circuito de corrida do que andar tranquilamente ouvindo meu mp3.<br />Afinal, vivemos em Salvador. Com medo, constantemente. Vivemos na terra da alegria. Onde a alegria só se garante com algumas notas de Reais a mais. Mas tudo bem... tudo bem.Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-92160192229687735692008-08-23T09:32:00.000-07:002008-08-23T09:40:58.917-07:00Jóias de corrente.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKWQWpPz2eu1kEO6v2dakRDhUf2zG9IDb6id6VN-Qw_QTrTf5OgLXOC-Wfa2TvFFaLC-XOGkgJqoEmMcCq5HJgFpuN9R5V2SgNrPEg3k9Hit33f4xe_ZKii3DrNhOZuJGjgTfKmI8iZiIV/s1600-h/correntes.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKWQWpPz2eu1kEO6v2dakRDhUf2zG9IDb6id6VN-Qw_QTrTf5OgLXOC-Wfa2TvFFaLC-XOGkgJqoEmMcCq5HJgFpuN9R5V2SgNrPEg3k9Hit33f4xe_ZKii3DrNhOZuJGjgTfKmI8iZiIV/s320/correntes.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5237754025467357138" border="0" /></a><br /> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Agora pouco veio o meu pai até meu quarto para conversar. Simplesmente, bater um papo, prosear, no bom português arcaico. E falar das coisas do cotidiano. Não, não, eu não quis. Não, falar de jóias não, falar da faculdade AGORA não, ta sendo ótima sim, obrigada... Mas agora falar nisso não, por favor. Por que? </p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Ando estranhamente indisposta. Fazendo um esforço descomunal para as pequenas coisas do dia a dia, como ir trabalhar.</p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Chegar à joalheria tem sido difícil, trocar de roupa, vestir aquele uniforme, calçar aquele sapato. Eu não estou satisfeita com o meu uniforme. Ele está grande em mim, me sinto como um defunto num paletó emprestado, o sapato já está sem capa no salto... Começar a sorrir para os clientes que não têm culpa de nada. Mas quem é que deve ter a culpa do quê? E acaba de tocar o despertador porque eu tenho que ir me arrumar. E interromper este fluxo de pensamento e este momento só meu para ir para o shopping atender às exigências da minha gerente. As muitas exigências. E passar o resto da tarde com uma colega de trabalho que só sabe falar mal dos transeuntes do shopping.</p> <p class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;">Bom, até mais...</p>Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-8613012525762989812008-08-06T19:11:00.000-07:002008-08-06T19:43:54.202-07:00Carta de LOiJhsI Caminha<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4QL64JwSc_BBSNFkijrmOQd91ReBdDCX55_pv7wy6imVobd14vFHUE0g1tPtu1DxuGKFLJa50-I2G68BwtOUvsniZ8xtQEF_xawDRLM7QFQwz7iULLh58ArJyceuBA0JcAjROAxTZANYD/s1600-h/LOiJhsI+Caminha.JPG"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4QL64JwSc_BBSNFkijrmOQd91ReBdDCX55_pv7wy6imVobd14vFHUE0g1tPtu1DxuGKFLJa50-I2G68BwtOUvsniZ8xtQEF_xawDRLM7QFQwz7iULLh58ArJyceuBA0JcAjROAxTZANYD/s320/LOiJhsI+Caminha.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5231600797023084002" border="0" /></a><br />Eu cheguei exausto da viagem e decidi acampar por ali mesmo, onde houvesse um pouco de silencio para eu pôr em ordem as minhas idéias e começar a traçar um plano de ação. Cheguei a pensar em estudar o campo, mas achei perigoso. Eu sabia o que estava por vir, sabia que seriam coisas literalmente de outro mundo: monstros e seus ruídos, talvez aversão, talvez ataques, talvez contatos impossíveis.<br />Quando cheguei, não vi coisas terríveis como imaginei. Aportei em local escasso, apenas com elementos naturais ao redor. Coisas extremamente peculiares deste mundo. Coisas coloridas, era perceptível que não haviam sido fabricadas. Simplesmente estavam lá. Como a nossa natureza, mas diferente em aspectos físicos e químicos. Ah! Algo que me trouxe certo desconforto foram os aspectos químicos do ar, a dificuldade de respirar tanto oxigênio foi grande. É por isso que quase não respiro, apenas duas vezes por tempo. Caso contrário não teria mais pulmão. Aliás, tudo tem sido muito empírico neste lugar. Posso ouvir a voz do nosso tutor quando detalhava e nos ensinava sobre a vida e as ciências daqui. Parece mentira que aqui estou, é como entrar num sonho de infância.<br />Ao que interessa, já fiz observações da espécie no gênero feminino. Fenotípicamente, tem cabeça, tronco, braços, pernas, pés, mãos e pêlos sobre a cabeça. No que chamam de rosto, possuem três rasgos: dois simétricos, um ao lado do outro e de diâmetro menor que o terceiro que fica abaixo de um orgão protuberante, que usam na captação de oxigênio, furado em dois pontos também simétricos.<br />É assustador como abrem o terceiro rasgo em elasticidade impressionante para emitir sons. O fazem também para se alimentar. Os dois rasgos de cima se abrem e fecham constantemente mostrando duas bolas de três cores, mas somente uma se percebe de longe.<br />Essas observações só puderam ser feitas mediante captura da espécie, cujo amostra já está sendo enviada para análises mais profundas.<br />Por hora, é só o que pude escrever, visto que são muitas as novidades e eu poderia passar aqui horas a relatá-las. Estarei enviando mais notícias e observações sobre esta magnífica viagem<br />em breve.<br /><br />Ansioso em revê-los,<br />LOiJhsI<br /><br /><br /><br />CONCLUSÃO: tudo depende do ponto de vista.Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-15790776710810987292008-07-06T18:06:00.001-07:002008-07-06T18:31:36.799-07:00Leitores,<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVldRvn9OFnaILi2XuUoKeBCRZw9EqqNyFVouBwFaJ-eLLRcAuMakt1AH77MPpkPEnayoV6ohXhFHEJWuHJ5y1ZhJFTKc6Qyt3nzQmcBKUnIFLYS0tv26BNF5KbBMaMmmGiDkxdNoZXvHd/s1600-h/cocoga6.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVldRvn9OFnaILi2XuUoKeBCRZw9EqqNyFVouBwFaJ-eLLRcAuMakt1AH77MPpkPEnayoV6ohXhFHEJWuHJ5y1ZhJFTKc6Qyt3nzQmcBKUnIFLYS0tv26BNF5KbBMaMmmGiDkxdNoZXvHd/s320/cocoga6.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5220078149310827554" border="0" /></a><br />Estou em crise criativa.<br />Favor dirija-se ao próximo blog.<br /><br /><br />Obrigada pela compreensão.Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-17874200625257437952008-03-23T21:38:00.000-07:002008-03-23T22:00:08.132-07:00A vida<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJHlP6k05GpEglL1GCLCoOjJEvo_HrwhGtYNQ-FMrLC_p3ULlaUIhhg3pNL9erM6UREDEg-CwsbTMg9yHVQxAxKE0-ff-Wk8e3cCc6AhbUqUjBqupIZULfJacqqhgv-ZQlL7f6AiMQdsF5/s1600-h/murales_medo.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJHlP6k05GpEglL1GCLCoOjJEvo_HrwhGtYNQ-FMrLC_p3ULlaUIhhg3pNL9erM6UREDEg-CwsbTMg9yHVQxAxKE0-ff-Wk8e3cCc6AhbUqUjBqupIZULfJacqqhgv-ZQlL7f6AiMQdsF5/s320/murales_medo.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5181168286653574210" border="0" /></a><br />Eu quase vi a morte.<br />Quase, porque ver mesmo e sair ilesa de perto dela é um privilégio.<br />Eu quase a vi por um segundo.<br />E gritei.<br />Não pensei no meu corpo sendo esfacelado pelo carro que vinha na minha direção.<br />Não pensei na dor que eu poderia sentir, não pensei no medo, não pensei em mim.<br />E não cheguei a pensar, nem por um instante, no filme da minha vida ou no meu futuro perdido.<br />Pensei nas conseqüências que ela traria para a vida daqueles que estão ao meu redor, na dor de quem visse meu corpo machucado, no medo que meus pais têm de me perder.<br />É triste pensar na morte. É mais triste pensar na morte de quem você ama. Conceber minha vida sem eles é aceitar a minha morte em seguida. Assinar um contrato com a tristeza. Pactuar com depressão. E quanto mais gente você ama, mais impossível fica viver sem medo de perder. Não a vida, eles.<br />É por isso que se quase vive. O resto é ter medo.Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com24tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-42756142324936710062008-03-11T00:30:00.000-07:002008-03-11T00:35:25.477-07:00O Libertador<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWjMLyff2rvg6beZ7JXzgJJWAIeFOL882j0ORUlVPMUWjlXlgHEoIYwcYJsr4nwMu4GOcU0_S6F_bt0NTyR4A5Waablt0whETQYnEFwGZveo3PFSPIlXUdm91CUV6mGvS224_qw9YLEhnm/s1600-h/sonho-de-liberdade.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWjMLyff2rvg6beZ7JXzgJJWAIeFOL882j0ORUlVPMUWjlXlgHEoIYwcYJsr4nwMu4GOcU0_S6F_bt0NTyR4A5Waablt0whETQYnEFwGZveo3PFSPIlXUdm91CUV6mGvS224_qw9YLEhnm/s320/sonho-de-liberdade.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5176384127490454738" border="0" /></a><br /> <p class="MsoNormal">Será que é possível manipular alguém?</p> <p class="MsoNormal">Perguntou o paciente. Era a pergunta adequada à pessoa adequada. Que não respondeu.</p> <p class="MsoNormal">Na noite anterior foram a uma festa e lá beberam bastante. Foram conduzidos pelo álcool a atitudes de concupiscente pureza. Era a libertação. Ele podia, Ele deixava, Ele permitia e Se permitia.<span style=""> </span>Era uma dádiva que um humano concebia. </p> <p class="MsoNormal">O suficiente para que a deificação fosse concluída. Na manhã seguinte, muitas dúvidas pairavam sobre o paciente, mas somente a certeza da libertação era latente. Quem o libertou?</p> <p class="MsoNormal">O paciente agora andava pelas calçadas da cidade com uma leveza estranha no sorriso, um pesado olhar de serviço incompleto. Agora, podia se dar alta e se permitir.</p> <p class="MsoNormal">Na noite seguinte conseguira sair novamente, lá encontrou uma garota com quem conversou durante uma hora. Ela o havia dito coisas sobre sua existência naquela cidade. Sobre sua sobrevivência naquele apartamento minúsculo, sobre sua subserviência ao seu emprego medíocre. Mas ela ainda se considerava feliz, pois tinha todos os dedos das mãos, os braços, as pernas e um rosto bonito. Ele decidiu pôr em prática a arte da libertação.</p> <p class="MsoNormal">Chamou-a para perto e lhe disse palavras bonitas. Foi o bastante. Em seguida, trouxe à tona uma série de questões que atormentam uma mulher igualmente medíocre. O casamento, filhos, profissão, realização. Uma carteira de motorista, ao menos. Uma amiga com quem se pudesse contar. Roupas, acessórios, algum enfeite no cabelo. Não, nada disso fazia parte da sua lista. Mas ele a amou ainda assim. Foi único e se foi, como todo o resto que ela possuía. Tudo tão passageiro que ela compreendeu o que ele queria dizer com a libertação.</p> <p class="MsoNormal">Na manhã seguinte, saía a manchete nos jornais: Garota de 22 anos se mata em apartamento na Avenida São João.</p> <p class="MsoNormal">Agora a libertação ficou negra, e suas mãos cabiam numa espécie de líquido argiloso com cheiro de sangue, gosto de álcool e cor de lama debaixo da água que corria da pia. Recorreu ao libertador.</p> <p class="MsoNormal">Lá encontrou mais uma vez conforto num abraço apertado, fraternal, com técnicas de acalento. Encontrou mais uma vez o que precisava para ficar em paz para consigo. Uma paz estranha. Uma paz que mantinha em sua face um olhar pesado e uma leveza no sorriso. Foi para casa, molhou mais uma vez suas mãos e as sentiu limpa. Comeu um sanduíche e foi dormir.</p> <p class="MsoNormal">Quando amanheceu foi ao trabalho, digitou, telefonou, leu e escreveu. Procurou nos classificados quem comprasse máquinas de escrever. Provavelmente colecionadores, na era da informática. Estavam ocupando espaço no seu escritório, tinham sido do seu Pai em épocas remotas. Encontrou comprador.</p> <p class="MsoNormal">Foi até o local marcado para a entrega.</p> <p class="MsoNormal">Era um escritor com manias retrógradas e arcaicas. Traduzia obras de escritores ingleses pouco conhecidos. Alguns, inspirados em Shakespeare, outros em literatura policial do século XIX. Nada muito original, por isso a falta de sucesso. Mas o escritor se mantinha na idéia de trazer ao público brasileiro coisas “frescas” da Europa. O paciente sentiu-se interessado em algumas das obras, principalmente as que tratavam da mente humana. Porque não um café?</p> <p class="MsoNormal">Lá, descobriram afinidades, entre goles quentes e piadas de descontração. Naquele momento, todos que passassem pela mesa do pequeno restaurante de beira de esquina pensariam que se tratava de amigos de longa data. Puseram-se a beber doses mais quentes, talvez conhaque. E a sorrir mais da vida e da literatura que a imita. Mas não citaram nenhuma mulher pela qual tomariam veneno. Exceto uma, talvez. Pensou o escritor. Aquela mulher a quem tanto amou. E durante anos se dedicou praticamente por inteiro àquele relacionamento volátil. Foram necessárias apenas duas semanas. E um outro homem. </p> <p class="MsoNormal">Não acontecia com o paciente. Não era admissível. Era bajulação demais para seu ego. Era dependência. E ele amava a liberdade.</p> <p class="MsoNormal">Mas o escritor não conseguia se libertar e se aprisionava ainda mais, agora com goles de absinto. E mais uma decisão era tomada em prol da libertação. O paciente então dera a carona para a morte da doce amada do escritor solitário.</p> <p class="MsoNormal">A culpa já não o consumia. Começara a acreditar que todas as suas ações eram explicáveis. Perfeitamente explicáveis e compreensíveis. Ora, vejam só! Ele começava a ver o mundo com um propósito, uma ideologia, uma vocação. Era apenas a ponte, ele repetia, para a libertação. </p> <p class="MsoNormal">Voltou ao seu médico que o explicou o sentido da vida. E ele compreendeu.</p> <p class="MsoNormal">Daquela data em diante andava pelas ruas analisando pessoas com potencial para a prisão. Precisava alertá-las do perigo de não se libertar agora daquilo que os faz sofrer. Eliminação, método conhecido, milenar. Fácil e rápido. E sem deixar vestígios de culpa, nem rastros de dor ou pistas de incriminação. Ele descobria que aquela pessoa que se mostrava não era seu outro eu. Encontrara-se pleno agora, disposto a ajudar. Único. </p> <p class="MsoNormal">E na mesma noite saiu em busca de uma mente sem controle. Em busca de uma paixão. Mais alguém a quem devesse libertar.</p><br /><p class="MsoNormal"></p>L.C.Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-13966610256229936212008-02-05T21:32:00.000-08:002008-02-05T21:56:04.817-08:00Teia de gente.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwYDQm8d7hXGEuB9NAP6YgNT88mBO1zx6AdHlvTckHoU8VY_7ZIUlf7nceoyV6EOIz2UiVx5PIZBc7XCCMWjkf6CixY_fZPv0jzzH65T0Gy8nzOLn_l7zPp1xc3eR_6SrzHRKM9OREBGHe/s1600-h/teia1024.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwYDQm8d7hXGEuB9NAP6YgNT88mBO1zx6AdHlvTckHoU8VY_7ZIUlf7nceoyV6EOIz2UiVx5PIZBc7XCCMWjkf6CixY_fZPv0jzzH65T0Gy8nzOLn_l7zPp1xc3eR_6SrzHRKM9OREBGHe/s320/teia1024.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5163741903783599730" border="0" /></a><br /> A respeito dos discursos alheios eu só posso dizer dos que entendo.<br /> Não entendo muito bem os competitivos, os desolados, os manipuladores e os de despedida.<br />Ultimamente muita gente tem me enojado. Mulheres, pessoas do meu convívio, pessoas que estão se despedindo do meu dia-a-dia. Na verdade, não é que eu não entenda. É que eu não admito. As mulheres são muito competitivas entre si. Naturalmente, jogam um certo charme venenoso, um olhar confiável mentiroso, um toque de amiga que não existe. Para quê?<br /> As vezes você olha ao seu redor e encontra pessoas que te gostam e querem estar com você. As vezes, não. Podem até gostar mas não gostariam necessariamente de estar com você naquele momento. Ou estar ali com você é até legal, mas na verdade você não faz diferença na vida delas. É assim com você em relação a essas pessoas também. Ultimamente, tem sido comigo. O que importa é a relação das pessoas... e a rede de envolvimento que essas relações criam é algo completamente imprevisível e perigoso. Isso explica porque tanta gente passa pelas nossas vidas e alguns anos depois reaparecem, e você pensa: "mas essa figura nunca me fez falta".<br /> Só que algumas pessoas fazem falta, no fim das contas. E quando estão prestes a sair de nossas vidas você percebe isso... Ou quando você nota que nunca mais ouviu a sua voz no telefone, nunca mais lhe contou uma piada, nunca mais apareceu.<br /> Mas os discursos que essas e as outras pessoas usam é que é engraçado:<br /><br />"Queriiiiida...."<br />"Olá, como vai (dois beijinhos)"<br />"Ah, você está certa, tchau."<br /><br />arg.Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-57549006788975412052007-12-16T13:41:00.000-08:002007-12-16T14:28:41.209-08:00SAMBA do rock'n roll<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi70_ERs-tdQqiXcGWekSVuQhu7fsPrLrYHCYt57DEzMavfSONuInAi5jhw88ao3Vym1zAMr_kixHUmbWdT6ne5_gIRYMU0vm7-tl9gss3GLJw2nJKM_2KiNqgyebHIB_-AxS9ayETyy67q/s1600-h/samba+redefinido.JPG"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi70_ERs-tdQqiXcGWekSVuQhu7fsPrLrYHCYt57DEzMavfSONuInAi5jhw88ao3Vym1zAMr_kixHUmbWdT6ne5_gIRYMU0vm7-tl9gss3GLJw2nJKM_2KiNqgyebHIB_-AxS9ayETyy67q/s320/samba+redefinido.JPG" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5144700464065834178" border="0" /></a>Eu fico triste quando chega o carnaval<br /><br />Pois o meu samba nao é muito popular<br /><br />Eu não uso o padrão e o normal<br /><br />Eu não preciso disso pra me projetar<br /><br />MAS o meu samba também teeeeem cadencia e decadências<br /><br />Tem poesia, melodia e um bom final<br /><br />O meu samba tem poetas q escrevem o q sentem<br /><br />E aqueles que só fazem um comercial<br /><br />MAS o meu samba tem um peso muito forte...<br /><br />E é por isso q meu samba é diferencial<br /><br />O meu samba veste preto como a morte<br /><br />E É BOÊMIO COMO NÃO TEM IGUAL!<br /><br />"Isquidum dum dum..."Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-3280384736222203958.post-33619552020825974632007-11-27T16:18:00.000-08:002007-11-27T16:37:41.767-08:00O corset<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSmS_brrCvXEyJDpJcGEXtbd0N7MRooLEBp_jqEINjRhgBrjYxcfUYy30beOc9gfQl4oS7_CAtV31E3z0PthyphenhyphenxqdWZVvzi9rv6RUlE65fzQJRT3twZ1gHS_iWiaY4EbAMCmq8pR0piCI3Q/s1600-h/Corset.jpg"><img style="margin: 0pt 0pt 10px 10px; float: right; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSmS_brrCvXEyJDpJcGEXtbd0N7MRooLEBp_jqEINjRhgBrjYxcfUYy30beOc9gfQl4oS7_CAtV31E3z0PthyphenhyphenxqdWZVvzi9rv6RUlE65fzQJRT3twZ1gHS_iWiaY4EbAMCmq8pR0piCI3Q/s320/Corset.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5137683852641337586" border="0" /></a><br />Numa época de amor cortês perdida<br />Onde os cavalheiros se comportavam como cavalos<br />e os cavaleiros só tinham tempo para lanças<br />Surgiam técnicas de embelezamento<br />que pudessem suprir a falta de cera quente,<br />um bom milk sheik dietético,<br />e uma bem dada de vez em quando.<br /><br />Essas técnicas acentuavam as belezas naturais das mulheres<br />E muitas vezes, suas gordurinhas protuberantes.<br />Eram Pálidas e flácidas suas carnes,<br />Pois o bordado e a cozinha eram suas únicas atividades físicas.<br />Além de um ou outro cavalgar.<br /><br />Depois de décadas de luta<br />E muitos gritinhos de dor (Ui...)<br />Surgiram mulheres emancipadas<br />que insistiam em usar calças, não fazer o bigode<br />e abolir as técnicas paleativas de embelezamento.<br /><br />E aí sim, começou a escravidão das mulheres.<br />Passamos a correr atrás de esteticistas e personal treiners,<br />academias mais baratas, uma dança nova...Ioga e Pillates.<br />Passamos a aderir a cera quente com prioridade de vida ou morte<br />E até a Gilette passou a ser um utensílio indispensável nas nossas vidas.<br /><br />Começamos a comer espartame desesperadamente.<br />Odiar Pães e vinhos com todas as forças<br />Tomamos chás cagativos, passamos maquiagem<br />Usamos cremes anti-rugas, botox, esticamos nossa pele<br />antes tão gostosamente flácidas e deliciosamente apaupáveis<br />Para sermos esqueléticas, branquelas, sem coxas, sem graça.<br /><br /><br />E pior que tudo isso é saber que muitas mulheres não conseguem ser gostosas nos dias de hoje.<br /><br />Viva os corsets!<br />:)<br /><br /><br />PS: Ah, corset não dá hemorróida mental.Lídia Douradohttp://www.blogger.com/profile/18417271331436418275noreply@blogger.com5