segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Pensamentos perdidos, blog resgatado.

E eu sei lá quando foi a última vez que escrevi neste blog. Sei que tem anos, tem pelo menos alguns invernos, que finalmente conheci depois que saí de casa. Alguns verões também, diferentes de tudo que já vi. Mais quentes, mais infernais, menos meus. De vez em quando passava por estas terras remotas e pensava no quão despretensioso é isto aqui. É um blog que eterniza minhas fases de forma que eu terei acesso ao que penso quando tiver oitenta anos. Tenho certeza absoluta que ainda vai ter Internet nessa época, porque hoje em dia ainda tem televisão.
Hoje, com 26 anos, não sou o que idealizava com 17 anos, embora vista tailler de vez em quando. Não tenho muito dinheiro e não tenho um marido rico, mas isso eu sabia que não ia ter. Não tenho filhos e me orgulho de não ter sido desastrada de lá pra cá, neste sentido. Aliás, tenho um cachorro, além de Magali (que já é da minha mãe há onze anos) e ele se chama Aramis.
Eu sou noiva, sem alianças. Descobri que a maior aliança é a da cumplicidade plena, o que não quer dizer perda dos seus direitos individuais. Perdi meus cabelos compridos numa redefinição de identidade. Pootz, que momento.
Sinto falta de bebedeiras e, quando bebo, me pesa a consciência uma responsabilidade sobre alguma coisa que não sei o quê. É como se eu estivesse errada e isso me leva ao questionamento a respeito de muitas convicções sociais, papo para um dia em que eu esteja um pouco mais política.
Sinto falta da política, mas em ano de eleição adoro quando me aflora aquela esquerdista, idealista.
Hoje, estou disponível para matar a saudade dos amigos, mas as responsabilidades ainda não me permitiram tal feito.
Nunca senti falta de tatuagem. E sabe? Que bom que eu não me tatuei na época em que fiz este blog porque eu tinha muito menos senso estético. Embora eu já gostasse de muita coisa que eu ainda gosto.
Falando nisso, esses dias me...