sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Cor da rosa
Quando você tá em dúvida, muitas coisas parecem conspirar pra esclarecer. Talvez, sejam frutos da sua imaginação, talvez você não queira acreditar. O que importa é que tudo, embora isso pareça de um cliché extremo, tudo é aprendizado.
Casamento da amiga da minha mãe de faculdade, me viu criança. "Olha, como está grande, como está linda", agora com menos afetação, de igual para igual com um vestido de noiva e uma aliança de diferença. Estava linda, como uma noiva convencional. Véu, grinalda, vestido branco de pedraria e calda. Bolo, pastéis doces e pró-seco. Familiarada chorosa e feliz: "Faça ela muito feliz", diziam. Eu repeti.
Não conhecia o noivo, mas nos recebeu com grande sorriso: "Pode deixar". Exercitando minha paciência, colhi o bolo, capturei uns pastéis e me propus à terrível e temível busca pelo bouquet. Tive que admitir a minha terrível fraqueza pelo romantismo das solteiras e encalhadas: a lenda do bouquet. Foi jogado e caiu na minha mão, quicou e caiu no chão. O mundo parou de circular por dois segundos e as mulheres ficaram atônitas ao verem suas esperanças no chão. Eu ri e fui lenta, outra pegou o bouquet.
Eu tremi de raiva, ERA MEU AQUELE BOUQUET, vadia. Me senti mulher: abandonada em busca da felicidade. Me senti Aurélia Camargo e sua sede de vingança através do casamento, precisava ter pego aquele bouquet. Achei que aquele instante representou muita coisa da mina vida: oportunidades perdidas, fraqueza na disputa, medo de arriscar, de me jogar no chão e pegar o que é meu, de falar, de brigar.
Depois caí em mim. Eu não posso querer aquele bouquet. Eu não posso enfraquecer, não dá pra sair desta realidade. 21 anos, um emprego cheio de grandes expectativas e muita, muita coisa pra fazer. Um namorado que vai me deixar por um ano e sorri. Neste momento, pensei ser a mulher mais infeliz o mundo e não quis mais ter coração. Sorri também, peguei a taça, enchi de pró-seco.
A mãe da noiva desfazia a festa e a noiva conversava animada com minha mãe, que também estava triste por eu não ter pego o bouquet: "Eu ia te passar as dicas, mas você saiu correndo". A mãe da noiva disse: "Vocês querem levar este arranjo de flores?" - "QUERO!" Respondi. Um arranjo enorme, com flores brancas e rosas, tão mais brandas e fáceis que as vermelhas do bouquet.
E aqui estão elas, na minha frente. São minhas. De volta à realidade, só assim para ganhar flores. Não dá pra ser muito romântica nos tempos atuais.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Fim... do ano!
Hoje eu fui para a Ioga depois de alguns meses e alguns quilos a mais. Bom, a respeito dos quilos, ando me sentindo meio impotente. O fato é que minha vida tá no emaranhado danado e como desenrolar isso tudo sozinha? Estou aprendendo a me virar, mas é foda.
Quando cheguei de Salvador, no meu apartamento aqui em Indaiatuba, acendi a luz da cozinha e BOOM! A luz da cozinha queimou de novo. E a da lavanderia, por conseqüência. Sei lá, falta de uso. Fiz uma nota mental: Ligar para a imobiliária. Fui dormir duas da manhã para acordar quatro... por quê? Caio vai para os Estados Unidos dia 22 e volta só em Março, para depois ir de novo e eu só ir vê-lo em Agosto, tpm misturada com tristeza. E estou fazendo um curso em Azulville e passei o dia inteiro lá. Dormindo na frente do palestrante. Tenho um milhão de contas a pagar e um milhão de quilos a perder. A faculdade, bem, vou conseguir por que consegui nota pra fazer a prova final... tenho q pegar minha apostila pra estudar. Tenho q mandar fazer uma faxina na minha casa urgente e advinha? O FOGÃO NÃO ACENDE E A GELADEIRA NÃO LIGA! Ou seja, ou o sistema elétrico da cozinha tá bichado ou queimou a geladeira e o fogão. Ufa.
Tenho que terminar de escrever um projeto e ainda tem uma porrada de vôo pela frente. Esqueci de mencionar as contas? Acho que não, isso não sai da minha cabeça. Nem o Rack da minha sala, nem a decoração de Natal que eu não posso deixar de fazer pra ganhar a bicicleta que eu vou pedir pro Papai Noel.
Enfim... Vamos em frente que para atrás não fica mais ninguém.
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