segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Seja o que Deus quiser


Acabei de assistir o filme "seja o que Deus quiser", do diretor Murilo Salles. Bom, conta basicamente a história de uma corja e um inocente.
Achei fantástico. A capa nunca me inspirou, parece besta... é triste saber que tanta gente no mundo se aproveita do próximo para tirar vantagem ou se safar de qualquer coisa. Não dá para acreditar na inocência de ninguém... desconfie da sua própria e desconfie do próximo.

Desconfie de mim, eu já desconfio de você.



domingo, 4 de outubro de 2009

Pessoas que se calam.



Eu não me calo diante de uma insatisfação. Isto não faz parte da minha personalidade, em definitivo. Quando estou instaisfeita, eu digo. Posso até não falar exatamente o que estou sentindo, mas mostro através de atitudes, pequenos resmungos, grandes reclamações.

Hoje fui à uma sorveteria. E vou dar nome aos bois, porque se eu tivesse elogiando eu também diria o nome do estabelecimento. É aquela sorveteria da Parmalat, lá no shopping Salvador. Já fui lá uma vez e comi alguma bobagenzinha muito pequena e muito cara. Decidi não voltar, mas meu namorado disse que tinha umas coisas gostosas e resolvi tirar a prova real. Pedi um Cheese Cake com sorvete de morango. Na foto, um bolinho cor de creme coberto por geléia de morango, uma bola de sorvete vermelho em cima de uns riscos de calda de chocolate. Parecia bom, pedi. Paguei R$12,00, o pior investimento da minha vida.
Um sorvete é uma elevação da gastronomia a uma sensação de prazer semelhante ao nirvana. Um sorvete tem que satisfazer, ser saboreado, ainda mais um "sorvete enfeitado". Aquele cheese cake não me pareceu muito apetitoso, mas sua junção com o sorvete deveria ser dos deuses!! Mas não foi.

Veio num prato de sobremesa grande demais (ou em porção demasiadamente pequena) uma bola escorregadia de sorvete de morango (quase uma bola de bilhar) com aquele bolo amarelado quente que só se destacava pela deliciosa (esta sim) geléia de morango. Mas ops, faltaram os riscos de calda de chocolate. A primeira colherada me pareceu decepcionante. Lógico, o prato era decepcionante e não valia R$12,00. Me senti LESADA! Pedi um papel onde eu pudesse escrever uma sugestão, a gerente disse que não tinha e que ela mesma poderia me escutar.
Ora bolas (mesmo que poucas), eu não queria ser escutada por ser escutada. Que merda, se ela propõe um prato de cheese cake com sorvete, quero um prato de cheese cake com sorvete pelo menos igual ao da foto. Ela ouviu pacientemente o que eu expliquei pacientemente, mas saí de lá insatisfeita do mesmo jeito. Ela não ofereceu um biscoitinho para me calar, não me disse que ia ter mais capricho ou treinar melhor suas funcionárias.

E depois, eu tenho a situação complicada que estou vivendo. Não vou entrar em detalhes, mas o silêncio me incomoda, se faz presente na minha vida com diversas faces. O mais nojento é aquele silêncio malicioso, pirracento. Aquele de quem só pensa maldades e o que eu mais quero me afastar. Estou convivendo com alguém perigoso em SP, quero me livrar mas coisas burocráticas e cansativas me atormentam. Tudo vai passar.

Outro silêncio é aquele de quem se cala para não incomodar. É o silêncio do amor, o silêncio de quem não quer ser um problema. Conheço pessoas transparentes, mas às vezes elas só se mostram num olhar. A distância provoca um silêncio inevitável que eu estou tentando com todas as minhas forças (e palavras de todo tipo) evitar.

E agora, com Internet 3G e laptop com windows xp, vamos ver se consigo me comunicar mais com o mundo. Meu pai sempre me disse pra ter cuidado com as pessoas que são caladas demais.