Agora pouco veio o meu pai até meu quarto para conversar. Simplesmente, bater um papo, prosear, no bom português arcaico. E falar das coisas do cotidiano. Não, não, eu não quis. Não, falar de jóias não, falar da faculdade AGORA não, ta sendo ótima sim, obrigada... Mas agora falar nisso não, por favor. Por que?
Ando estranhamente indisposta. Fazendo um esforço descomunal para as pequenas coisas do dia a dia, como ir trabalhar.
Chegar à joalheria tem sido difícil, trocar de roupa, vestir aquele uniforme, calçar aquele sapato. Eu não estou satisfeita com o meu uniforme. Ele está grande em mim, me sinto como um defunto num paletó emprestado, o sapato já está sem capa no salto... Começar a sorrir para os clientes que não têm culpa de nada. Mas quem é que deve ter a culpa do quê? E acaba de tocar o despertador porque eu tenho que ir me arrumar. E interromper este fluxo de pensamento e este momento só meu para ir para o shopping atender às exigências da minha gerente. As muitas exigências. E passar o resto da tarde com uma colega de trabalho que só sabe falar mal dos transeuntes do shopping.
Bom, até mais...
4 comentários:
a rotina engole a gente sem percebemos, mas quando damos conta, "pluft"... a gente quer desistir
ai, a cela da rotina... =(
freedom...
Jóias raras...Como sabê-las se nçao tê-las (vivê-las?). Como tê-las (vivê-las) se não sabê-las?
A vida é feita de escolhas...É o maior castigo para o homem...
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