terça-feira, 27 de novembro de 2007

O corset


Numa época de amor cortês perdida
Onde os cavalheiros se comportavam como cavalos
e os cavaleiros só tinham tempo para lanças
Surgiam técnicas de embelezamento
que pudessem suprir a falta de cera quente,
um bom milk sheik dietético,
e uma bem dada de vez em quando.

Essas técnicas acentuavam as belezas naturais das mulheres
E muitas vezes, suas gordurinhas protuberantes.
Eram Pálidas e flácidas suas carnes,
Pois o bordado e a cozinha eram suas únicas atividades físicas.
Além de um ou outro cavalgar.

Depois de décadas de luta
E muitos gritinhos de dor (Ui...)
Surgiram mulheres emancipadas
que insistiam em usar calças, não fazer o bigode
e abolir as técnicas paleativas de embelezamento.

E aí sim, começou a escravidão das mulheres.
Passamos a correr atrás de esteticistas e personal treiners,
academias mais baratas, uma dança nova...Ioga e Pillates.
Passamos a aderir a cera quente com prioridade de vida ou morte
E até a Gilette passou a ser um utensílio indispensável nas nossas vidas.

Começamos a comer espartame desesperadamente.
Odiar Pães e vinhos com todas as forças
Tomamos chás cagativos, passamos maquiagem
Usamos cremes anti-rugas, botox, esticamos nossa pele
antes tão gostosamente flácidas e deliciosamente apaupáveis
Para sermos esqueléticas, branquelas, sem coxas, sem graça.


E pior que tudo isso é saber que muitas mulheres não conseguem ser gostosas nos dias de hoje.

Viva os corsets!
:)


PS: Ah, corset não dá hemorróida mental.